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Por Pedro Paulo Nardotto.

Professor e Mestrando em Ciência da Educação.

São Mateus-ES, 15 de agosto de 2014

Diversas discussões a respeito do preconceito e do racismo têm levado a uma materialização dos seus efeitos, tornando-se a cada ano, justificativas para a permanência de diversas mobilizações em prol da causa. Saber identificar e entender que as diferentes maneiras de se pensar ou agir contra tais crimes abarca uma complexa realidade de convivência entre quem pratica e quem sofre o racismo demonstra o quão intenso é o desafio aos que se propõe combater tais violências.

No entanto, os vitimados afagam-se com questionamentos que remetem às pessoas agressoras o seu verdadeiro papel social, confrontando suas atitudes preconceituosas e racistas frente a uma sociedade democrática e igualitária. Assim, conforme a constituição que nos rege, pensar que a sociedade tem seus valores regidos por leis as quais buscam a entender que a diferença entre os indivíduos é uma característica fundamental para a elevação do convívio social.

Cabe ressaltar que algumas afirmações contidas em falas e atitudes vistas ao longo dos anos sobre o racismo, originaram-se de pensadores que tiveram como princípio básico a realidade de seu tempo, e mesmo que suas indagações e subjetividades tenham servidos como temperos à suas conclusões, contudo, tornaram-se formadores de opiniões, valorizados pela sua complexidade intelectual. Entretanto, não deveríamos hoje usar de nossa própria realidade como fonte de combate, advinda de nosso lar, rua, bairro, cidade...? Pois o preconceito e o racismo na maioria dos casos caminham lado a lado do indivíduo.

Para tanto é valoroso as abordagem direcionadas ao preconceito e o racismo, seja na literatura ou em debates, principalmente no espaço escolar, pois trabalhar essas discussões visando à conscientização da base, as crianças, motivará às diversas possibilidades de mudança. Contudo, saliento que cabem a nós pensadores, sujeitos formadores de opinião, discutir o viés do racismo em meio à atualidade e também o enfrentamento e avaliação frente às leis que a regem, por fim, propor possíveis propostas minimizadoras sob o preconceito e o racismo nos diferentes espaços, pois não adianta se eximir de nosso papel social e muito menos de nossa realidade.

Racismo: o uso da própria realidade como fonte de combate.

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